Importância da dispersão das sementes

É sabido que as plantas não têm locomoção própria. No entanto é fundamental que as jovens plantas se afastem entre si e da planta adulta que lhes deu origem, caso contrário ficariam todas em cima umas das outras. Se isto acontecesse não teriam condições para crescer saudáveis pois teriam que competir entre si pela luz, pela água e pelos minerais do solo.

A solução para este problema está na dispersão das suas sementes. Embora utilizando diferentes processos, as plantas conseguem espalhar as suas sementes por vezes por áreas muito distantes. Como é que o conseguem fazer?

Vejamos...

1) Sementes disseminadas pelos animais.

São muitas as espécies de plantas que produzem frutos comestíveis. Muitas vezes estes apresentam cores vivas, perfumes atraentes e sabor agradável despertando a atenção e o interesse de muitos animais, o seu aspeto é um verdadeiro convite a serem comidos!


Há muitas aves que incluem frutos na sua dieta alimentar.

Uma vez ingeridos pelos animais, os frutos são digeridos mas as sementes resistem à ação dos sucos digestivos. Mais tarde os animais libertam as sementes juntamente com as fezes. Sem se aperceberem, os animais contribuem, assim, para a dispersão das sementes.


Há também sementes e frutos com "ganchos" ou "espinhos" que se prendem no pelo dos animais ou na roupa sendo assim transportados para longe da planta que os originou.

Cão com sementes de bardana presas no pelo.




2) Sementes dispersas pelo vento.


Sementes do dente-de-leão disseminadas pelo vento.
O vento também contribui enormemente para a dispersão de sementes. Neste caso as sementes são leves e possuem muitas vezes estruturas que as ajudam a planar, como no caso das plúmulas do dente-de-leão ou das asas membranosas do pinheiro-bravo e do ácer.


3) Sementes dispersas pela água.

Há certos frutos que estão adaptados à dispersão pela água. São impermeáveis e têm a capacidade de flutuar. Um dos exemplos mais conhecidos é o coco.

O coco é um fruto adaptado à dispersão pela água. 

4) Sementes projetadas pelo pericarpo do fruto:

Em certas espécies de plantas o pericarpo abre violentamente e projeta as suas sementes à distância. Podes ver dois exemplos nestes pequenos vídeos:





A dispersão das sementes é um tema que demonstra os fascinantes mecanismos que ocorrem na natureza e que asseguram a vida no nosso planeta tal como a conhecemos.

KJHKHJ

Frutificação

Frutificação significa formação do fruto. Na lição anterior verificaste que as sementes contidas nos frutos resultam da união de duas células formadas no grão de pólen (gâmetas masculinos) com duas células contidas no óvulo (um gâmeta feminino e uma outra célula do óvulo).

Depois de formadas, as sementes apresentam a seguinte constituição:

1) Embrião - forma-se a partir do ovo (zigoto) e vai dar origem à nova planta;

2) Um ou dois cotilédones  - contêm as substâncias alimentares de reserva e formam-se a partir da célula-mãe das substâncias de reserva;

3) Tegumento - revestimento externo que tem funções de proteção.
Semente aberta ao meio mostrando o seu conteúdo.

Ao mesmo tempo que ocorre a formação das sementes, a parede do ovário dos carpelos engrossa e transforma-se no pericarpo do fruto. Durante este processo as pétalas, as sépalas e os estames normalmente murcham e caiem.

Constituição de um fruto.


Podes observar a formação do fruto nos próximos dois vídeos: o primeiro é uma animação.


O segundo mostra a formação de cerejas desde a flor. Utiliza a técnica "time lapse" (isto é, é filmado durante vários dias e apresentado depois em alta velocidade, no espaço de meio minuto). Podes vê-lo AQUI.

Diverte-te e aprende!

Fecundação

Os grãos de pólen que são transferidos dos estames para os carpelos aderem aos seus estigmas pelo facto de neles existir um líquido pegajoso, rico em açúcares. Este líquido promove nos grãos de pólen a formação de um tubo, tubo polínico, que transporta dois gâmetas masculinos. O tubo polínico vai descendo através do estilete em direção a um óvulo no ovário. Observa a imagem:
Formação do tubo polínico.


Podes também ver, neste vídeo feito ao microscópio, a formação de tubos polínicos a partir de grãos de pólen.



Ao chegar ao ovário, o tubo polínico penetra o óvulo e liberta no seu interior os gâmetas masculinos. Como consequência, vão acontecer duas diferentes fecundações:

1) Um dos gâmetas masculinos une-se ao gâmeta feminino, contido no óvulo, originando um ovo (zigoto). Esta célula, por divisão, vai dar origem a um embrião de uma nova planta.

2) O outro gâmeta masculino vai fecundar uma outra célula do óvulo dando origem à célula-mãe das substâncias de reserva. Esta, por divisão, é responsável pela formação das substâncias de reserva contidas na semente.

Cada óvulo, após esta dupla fecundação, vai dar origem a uma semente. É isto que poderás observar nesta pequena mas excelente animação:




Polinização


Anteras com grãos de pólen.

Como sabes, é nas flores das plantas que se encontram os seus órgãos reprodutores. Para se originarem novas plantas é necessário que ocorra uma série de acontecimentos, o primeiro dos quais é a polinização: passagem dos grãos de pólen, formados nas anteras dos estames (órgãos reprodutores masculinos), para os estigmas dos carpelos (órgãos reprodutores femininos).







Há vários tipos de polinização. Observa a imagem:
Tipos de polinização.

1) Autopolinização: os grãos de pólen são transferidos dos estames para os carpelos da mesma flor (situação A) ou para carpelos de diferentes flores da mesma planta (situação B). 


2) Polinização cruzada (C): os grãos de pólen são transferidos dos estames de uma flor para os carpelos de outra flor de outra planta da mesma espécie.

A polinização cruzada é a que ocorre mais frequentemente na natureza e é mais vantajosa para as espécies porque origina jovens plantas mais vigorosas, dado que estas resultam da recombinação de  "projetos de construção" de duas plantas diferentes (embora da mesma espécie). Em certas espécies a autopolinização é evitada pelo facto de os estames e os carpelos de uma mesma flor amadurecerem em momentos desfasados no tempo.




Como se realiza a transferência do pólen desde as anteras dos estames até aos estigmas dos carpelos?

Esta transferência é assegurada pelos agentes polinizadores.
No continente europeu os principais agentes polinizadores são insetos (abelhas, borboletas, certas espécies de escaravelhos e outros), o vento e a gravidade (nas situações em que as anteras se situam acima dos estigmas de uma mesma flor). Noutras regiões do planeta existem também espécies de aves (como os colibris) e de morcegos que contribuem para a polinização.

Os animais que visitam as flores para se alimentarem de pólen e néctar (líquido adocicado) transportam inadvertidamente os grãos de pólen no seu corpo de flor em flor. Trata-se de um trabalho de equipa em que plantas e animais saem beneficiados! Este processo é facilitado por muitas espécies de plantas: ao desenvolverem flores de cores vistosas e fortes aromas elas são mais facilmente detetadas pelos animais que as visitam.

Para terminar, como não podia deixar de acontecer, deixo-te um belíssimo vídeo que ilustra na perfeição estes momentos. Magnífica, esta natureza!




sadf

Reprodução nas plantas (introdução)

Tantos as plantas com flor como as plantas sem flor (musgos e fetos) podem reproduzir-se de forma assexuada e sexuada. Na reprodução assexuada formam-se novas plantas a partir de por exemplo rizomas, bolbos, tubérculos ou estolhos.

              O morangueiro desenvolve estolhos que dão origem a novas plantas (reprodução assexuada).



























A reprodução sexuada envolve a existência de órgãos reprodutores. Estes localizam-se nas flores.
Os órgãos reprodutores masculinos chamam-se estames. Cada estame é constituído um filete e uma antera.   Ao conjunto dos estames de uma flor chamamos androceu.
Os órgãos reprodutores femininos chamam-se carpelos. Cada carpelo é constituído por ovário, estilete e estigma. O conjunto dos carpelos de uma flor chama-se gineceu.

Representação esquemática de uma flor.


Há uma espantosa variedade de cores, formas e perfumes entre as flores que encontramos na natureza. Qual será a vantagem de toda esta enorme beleza para as próprias plantas? A resposta a esta pergunta ficará para a próxima lição, por agora deixo-te um magnífico vídeo sobre uma pequena amostra desta variedade. Espero que gostes!

Testa os teus conhecimentos



Chegou a hora de pores à prova os teus conhecimentos sobre a fotossíntese, respiração e transpiração das plantas.





(Atenção, é provável que tenhas dificuldade em responder a algumas questões deste jogo!)

Importância das plantas

As plantas são a base de sustentação da vida na Terra. São elas que, juntamente com as algas, produzem o oxigénio necessário à respiração dos seres vivos. Ao transformarem a matéria mineral em matéria orgânica, através da fotossíntese, as plantas estão na base das cadeias alimentares. De uma forma direta ou indireta fornecem o alimento aos animais (incluindo o Homem).
Importância das plantas para o mundo vivo.


Além de constituírem uma fonte de alimento para os seres vivos, as plantas são uma fonte de matérias primas para as mais variadas indústrias. O algodoeiro e o linho são exemplos de plantas essenciais para a indústria têxtil.

Muita da roupa que usas é feita de fibra de algodão.


A madeira das árvores é utilizada em múltiplas aplicações: construção de casas, barcos, mobiliário e muitos outros utensílios domésticos. A cortiça, extraída do sobreiro, é utilizada não só no fabrico de rolhas mas também de embalagens e na construção civil.

As rolhas são utilizadas para engarrafar vinhos e outras substâncias líquidas.



Há uma infinidade de outras importantes utilizações das plantas pelo Homem que poderiam ser referidas. Uma das mais importantes está relacionada com a indústria farmacêutica, uma vez que muitas espécies têm importantes propriedades medicinais. Podes ver, neste vídeo, um bom exemplo:



lkj

Trocas de gases entre as plantas e a atmosfera

Como vimos, as plantas, ao realizarem a fotossíntese, captam água com sais minerais dissolvidos do solo, dióxido de carbono do ar atmosférico e libertam oxigénio. Ao mesmo tempo produzem o seu alimento que é levado às células (seiva elaborada). A fotossíntese está dependente da luz solar, as trocas de gases que ocorrem durante este processo só ocorrem durante a fase diurna.

Quando realizam a fotossíntese, as plantas absorvem dióxido de carbono e libertam oxigénio.


Contudo, as plantas realizam também outras funções como por exemplo a respiração (tal como as células dos animais, também as das plantas necessitam de energia para sobreviver). Queres recordar a respiração celular? Então entra aqui.

Por isso, ao mesmo tempo que realizam a fotossíntese, as plantas também respiram e portanto também gastam oxigénio e libertam dióxido de carbono. A respiração nas plantas ocorre durante as 24 horas do dia.

Ao respirarem, as plantas absorvem oxigénio e libertam dióxido de carbono.

Põem-se então a questão: as plantas produzem ou gastam oxigénio do ar, captam ou libertam dióxido de carbono para a o ar? Dado que a fotossíntese ocorre de uma forma muito mais intensa que a respiração, então conclui-se que, em termos de balanço, as plantas são de facto produtoras de oxigénio para a atmosfera e absorvem o seu dióxido de carbono. Podemos portanto afirmar que os espaços verdes são um contributo fundamental na renovação da qualidade do ar.

Enquanto realizam a fotossíntese e a respiração, as plantas libertam ainda vapor de água para a atmosfera através da transpiração. Tal como a respiração, esta ocorre ao longo de todo o dia.

Trocas gasosas entre a planta e a atmosfera (as setas que apontam os gases durante a fotossíntese são maiores que as restantes de modo a evidenciar a maior intensidade das trocas gasosas durante este processo).


......................



Em termos de conclusão temos:


Na fotossíntese (durante a exposição solar):

A planta recebe: dióxido de carbono
A planta liberta: oxigénio

Na respiração (ao longo de todo o dia):

A planta recebe: oxigénio
A planta liberta: dióxido de carbono

Na transpiração (ao longo de todo o dia):

A planta liberta: vapor de água



kjhkjhkjhkjh

Acumulação de reservas alimentares nas plantas

Quando as plantas não utilizam a totalidade do alimento que produzem na fotossíntese armazenam-no sob forma de reservas alimentares.


As substâncias de reserva são utilizadas em caso de necessidade, por exemplo:

- Quando as condições do meio são desfavoráveis, por exemplo no inverno, as plantas podem não conseguir realizar o processo de fotossíntese e recorrem às substâncias de reserva para sobreviver;

- No início da sua vida, quando germinam a partir das sementes, as plantas não têm ainda capacidade de produzir o seu alimento. Nesta fase são as reservas alimentares contidas nas sementes que asseguram a sua sobrevivência (até que as plantas estejam suficientemente desenvolvidas e possam realizar a fotossíntese).



A acumulação de reservas alimentares nas plantas pode ser efetuada em diferentes órgãos:

a) Nas raízes espessas, chamadas tuberculosas (gordas) como cenouras, nabos ou beterrabas. Os alimentos acumulados nas raízes tuberculosas são, em geral, utilizados pela planta quando esta perde as folhas e, por isso, deixa de poder realizar a fotossíntese.

A cenoura é uma raiz aprumada tuberculosa. É espessa porque acumula reservas alimentares. 


b) Nos caules, especialmente nos subterrâneos: bolbos, rizomas e tubérculos. São também diversas as plantas que armazenam substâncias de reserva em caules aéreos, a cana-de-açúcar e os cactos são bons exemplos.

As batatas são tubérculos, caules especializados na acumulação de substâncias alimentares de reserva.


c) Nos frutos, especialmente nos chamados frutos carnudos como a maçã ou a pêra. As reservas alimentares contidas nos frutos, assim como a sua cor e aroma, atraem muitos animais que os comem e ajudam à disseminação (ao espalhar) das sementes dado que elas não são digeridas nos seus tubos digestivos.
As cerejas são exemplos de frutos carnudos ricos em substâncias alimentares de reserva.


d) Nas sementes. É nas sementes que se encontram as reservas nutritivas que vão servir de alimento ao embrião da nova planta.

As ervilhas são exemplos de sementes utilizadas pelo Homem na alimentação devido à sua riqueza em substâncias alimentares.



e) Nas folhas e nas flores. Em certas plantas há acumulação de reservas alimentares nas folhas. São disso bom exemplo as plantas aromáticas que armazenam substâncias que lhes dão algumas propriedades medicinais e/ou aromáticas como a salsa e os coentros. Algumas plantas xerófilas (adaptadas a ambientes muito secos) acumulam nas suas folhas água e substâncias alimentares.
Em certas plantas a acumulação de reservas alimentares ocorre nas suas inflorescências. Exemplos bem conhecidos são a couve-flor e os brócolos.

Os brócolos são exemplos de flores que acumulam substâncias alimentares. 



...........................


Muitos animais, incluindo o Homem, aproveitam as reservas alimentares das plantas na sua própria alimentação. Neste pequeno vídeo podes observar um esquilo-vermelho a roer um pinha para comer as suas sementes.

Fotossíntese

De que se alimentam as plantas?

Será da terra (solo)? Muita gente acha que sim. Antigamente era igual, até os cientistas da época pensavam o mesmo. Para dar resposta a esta questão Van Helmont, um cientista do séc. XVII, realizou a seguinte experiência:

Plantou uma planta jovem num vaso com solo. Pesou previamente a planta e a quantidade de solo que lá colocou. Regou a planta com água da chuva durante 5 anos, voltou a pesar a planta e o solo, e verificou que enquanto a planta tinha aumentado enormemente o seu peso (de 2,25 Kg para 76,1 Kg), a diferença do peso do solo era insignificante (somente 1 grama!).  Concluiu que a planta não se alimentou a partir deste.
Ilustração da experiência de Van Helmont.





Mas se as plantas não se alimentam do solo qual será o seu alimento? Vamos por partes...

Circulação da seiva bruta.






As plantas absorvem, através das raízes, água que caiu no solo resultante da chuva ou de rega. Esta água, à medida que se vai infiltrando no solo, vai dissolvendo pequenas porções de minerais que lá se encontram. Logo, a água que é sugada pelas raízes tem sais minerais dissolvidos.

Uma vez dentro da planta, esta água com sais minerais dissolvidos é designada de seiva bruta.

A seiva bruta é transportada por vasos condutores em direção às folhas (circulação ascendente).  Os vasos condutores de seiva bruta encontram-se na região central do interior do caule .





O dióxido de carbono é captado através dos estomas.



Nas folhas (principalmente na página inferior) existem umas pequenas aberturas, os estomas, por onde as plantas captam dióxido de carbono do ar atmosférico.








Será então que a água com sais minerais dissolvidos (absorvida através da raiz) e o dióxido de carbono (captado através dos estomas) são o alimento da planta? Será que conseguimos dar já resposta à questão inicial? Ainda não.  No entanto estas substâncias são essenciais, as matérias primas, com que a planta obtém o seu alimento.

O alimento das plantas é obtido através de um processo chamado fotossíntese. Neste processo, as plantas fabricam o seu alimento, açúcares (matéria orgânica), a partir de substâncias minerais: água e dióxido de carbono.  Para que a fotossíntese ocorra é necessária a energia solar que a planta capta através de uma substância chamada clorofila (a mesma que dá a cor verde às plantas). O oxigénio é um produto final da fotossíntese que as plantas libertam para a atmosfera através dos estomas.




A fotossíntese ocorre essencialmente nas folhas. O alimento produzido é depois dissolvido em água e dá origem à seiva elaborada. Esta é enviada das folhas para as outras partes das plantas através de um conjunto de vasos condutores que se situam na periferia do caule (mais próximo da superfície do que os que transportam a seiva bruta).  A seiva elaborada circula no sentido descendente: das folhas para a raiz.


Circulação da seiva bruta e da seiva elaborada.

.................................


Para terminar deixo-te uma sugestão: uma página interativa onde todos estes assuntos estão muito bem explicados. Mas há um problema, está escrita em inglês. Mesmo assim vale a pena, é uma boa oportunidade para utilizares os teus conhecimentos adquiridos na disciplina!

Entra na página AQUI.

Da fecundação ao nascimento

O que acontece durante a gravidez? Quais são as etapas de desenvolvimento do novo ser? Como se processa o parto? Encontrarás respostas a estas questões neste excelente vídeo:

Ciclo menstrual

Mas afinal o que é a menstruação?

Para a maioria dos rapazes que frequentam o 6ºano este é um mistério associado ao sexo feminino: uns ouviram falar mas não sabem bem do que se trata, outros desconhecem o assunto por completo. As alunas, pelo contrário, estão geralmente mais informadas ou são mesmo já menstruadas, mas mesmo assim subsistem muitas dúvidas, muita confusão. Muitas delas têm até ideias erradas quanto às consequências ou aos cuidados a ter durante o período.  

A menstruação (período) consiste numa perda de sangue através da vagina que acontece todos os meses. Ocorre em média de 28 em 28 dias e tem uma duração de 3 e 7 dias. Esta perda de sangue deve-se à descamação periódica do endométrio (camada que recobre o interior do útero e que tem como função acolher o embrião).

Vamos por partes:

Ciclo menstrual.

Durante o ciclo menstrual, um ovócito amadurece num dos ovários e dirige-se para a trompa (ovulação) permanecendo aí, vivo, cerca de 12 a 24 horas.  Ao mesmo tempo sucede que no interior do útero vai-se formando uma camada esponjosa, rica em vasos sanguíneos, chamada endométrio. Esta camada tem como função acolher o embrião e proporcionar-lhe as condições ideais para o seu desenvolvimento. Caso não haja fecundação do ovócito por um espermatozoide este acaba por morrer. Por sua vez o endométrio, como já não vai haver embrião, começa a descamar e sai através da vagina dando origem a uma pequena hemorragia, a menstruação.


A primeira menstruação na vida de uma rapariga denomina-se menarca. Nos meses seguintes à menarca é normal que o período não seja totalmente regular, podendo ocorrer duas menstruações no mesmo mês, ou passar 2 ou 3 meses sem perder sangue.No entanto, se o ciclo menstrual continuar a ser muito irregular para além do prazo de dois anos, é aconselhável consultar um médico ginecologista.

Há muitas ideias erradas sobre a menstruação e suas consequências no dia a dia das mulheres: diz-se que não podem fazer bolos ou pão porque estes não crescem, que se fizerem maionese esta destalha, que não se pode tomar banho nem sequer lavar a cabeça. Durante a menstruação a mulher pode ter uma vida normal e deve ter especiais cuidados com a higiene. O banho não tem qualquer problema, muito pelo contrário!

Para terminar, deixo-te este vídeo com algumas recomendações importantes:

Da ovulação à nidação

A partir da puberdade o sistema reprodutor entra em pleno funcionamento. Na mulher, os ovários libertam  mensalmente, e de uma forma alternada,  um ovócito amadurecido para a trompa do mesmo lado. Este processo designa-se por ovulação.

Durante a ovulação um ovócito amadurecido sai do ovário em direção à trompa.


Numa relação sexual o esperma (líquido que contém os espermatozoides) é depositado na vagina da mulher. Cerca de 300 milhões de espermatozoides iniciam então um percurso através do útero e em direção às trompas. Destes, somente algumas centenas atingem o ovócito e apenas um consegue penetrá-lo - fecundação. A fecundação dá origem a um ovo (zigoto).

O ovo começa a dividir-se ainda na trompa. Primeiro divide-se em duas células, depois cada uma destas divide-se novamente em duas e assim sucessivamente. A divisão do ovo em mais células origina o embrião.

A fecundação é a união de um espermatozoide com um ovócito. 



Quando o embrião atinge o útero, cerca de cinco a sete dias após a fecundação, é constituído por um conjunto de cerca de trinta células. Este pequeno embrião fixa-se, depois, na parede interna do útero, o endométrio. O processo de fixação do embrião na parede do útero chama-se nidação.

A nidação consiste na fixação do embrião na parede interna do útero, o endométrio.

.............................


Em termos de resumo temos:

1) Ovulação - libertação de um ovócito amadurecido de um ovário  para a trompa;

2) Fecundação - União de um espermatozoide com um ovócito;

3) Nidação - Fixação do embrião na parede do útero.


Para terminar, vou convidar-te a assistires a este pequeno vídeo que retrata precisamente estes momentos. Presta atenção...




kjhkjh

Sistemas reprodutores masculino e feminino

Na maioria dos animais o sexo está apenas relacionado com a reprodução. Nos seres humanos, porém, a sexualidade está relacionada com muitas outras coisas: o corpo, o crescimento, os sentimentos como o amor e a ternura, o respeito pelo outro, o prazer e a responsabilidade, a família, a biologia e a saúde.

Para além dos caracteres sexuais secundários que foram já abordados na lição anterior, o homem e a mulher diferenciam-se pelos seus órgãos sexuais externos (caracteres sexuais primários). Estes, juntamente com um conjunto de outros órgãos que se situam na cavidade abdominal, constituem os sistemas reprodutores masculino e feminino.


Sistema reprodutor masculino:
Morfologia dos órgãos sexuais masculinos externos.



Órgãos sexuais masculinos externos:


 - Pénis (com prepúcio, porção de pele que recobre a extremidade do pénis);

- Escroto (bolsa que protege os testículos).








Sistema reprodutor masculino.

Funções dos órgãos do sistema reprodutor masculino:

- Testículos (produzem os espermatozoides);

- Canais deferentes (conduzem os espermatozóides desde os testículos até à uretra);

- Vesículas seminais (produzem líquido seminal)

- Próstata (produz líquido prostático );

- Uretra (canal comum aos sistemas reprodutor e urinário que transporta o esperma ou a urina para o exterior);

- Pénis (permite o ato sexual).











Sistema reprodutor feminino:

Morfologia da vulva.


Órgão sexual feminino externo (vulva):

- Grandes lábios e pequenos lábios (pregas de pele);

- Clitóris (pequeno órgão muito sensível da vulva);

- Orifício da uretra (orifício por onde sai a urina);

- Orifício da vagina (a vagina, juntamente com a vulva, permite o ato sexual).



Sistema reprodutor feminino.

Funções dos órgãos do sistema reprodutor feminino:

- Ovários (onde se localizam os ovócitos);

- Trompas (canais que ligam os ovários ao útero e onde ocorre a fecundação);

- Útero (órgão onde tem origem a menstruação e onde o novo ser permanece durante a gravidez);

- Vagina (canal que faz a ligação do útero com o exterior e onde é depositado o esperma);

- Vulva (órgão sexual feminino externo).


mnbbn

Caracteres sexuais primários e secundários

É menino ou menina?

Será possível determinar o sexo destes bebés? É uma tarefa impossível!

Só conseguimos conhecer o sexo dos bebés através dos seus órgãos sexuais (ou órgãos genitais). Para além destes, não há mais diferenças.

Aos órgãos sexuais chamamos caracteres sexuais primários. Os caracteres sexuais primários acompanham-nos desde o nascimento, daí o termo primários!


Na infância, com excepção dos órgãos genitais (caracteres sexuais primários), o corpo das raparigas continua muito semelhante ao dos rapazes. Contudo, a partir de uma certa idade, começa a verificar-se uma série de transformações que vão progressivamente acentuando as diferenças entre os géneros (masculino e feminino). Estas são as alterações necessárias para se adquirir a capacidade reprodutiva (de ter filhos).

A esta fase da vida em que se iniciam as alterações no corpo de rapazes e raparigas chamamos puberdade (acontece, em média, entre os 8 e os 14 anos nas raparigas e entre os 9 e os 15 anos nos rapazes). A puberdade está normalmente associada a uma fase de crescimento acentuado.

Na puberdade surgem os caracteres sexuais secundários (vêm a seguir aos primários). Os caracteres sexuais secundários são modificações do corpo que ocorrem devido ao funcionamento do sistema reprodutor e que permitem distinguir o rapaz da rapariga.




Modificações na aparência do corpo em ambos os sexos, desde a infância até à fase adulta.

São os caracteres sexuais secundários os responsáveis pela diferenciação clara entre os indivíduos do sexo masculino e feminino (pelo dimorfismo sexual na nossa espécie).



Principais caracteres sexuais secundários nos dois sexos:



Rapazes


- Desenvolvimento dos testículos e do pénis;
- Crescimento de pelos em todo o corpo, em particular na zona púbica, nas axilas e na face (barba);
- Alargamento dos ombros;
- Desenvolvimento dos músculos;
- Alteração da voz (torna-se mais grave).



Raparigas


- Desenvolvimento das mamas;
- Alargamento das ancas;
- Crescimento de pelos, especialmente na zona púbica e nas axilas;
- Aparecimento da menstruação.




Juntamente com as modificações do corpo surgem também alterações em termos emocionais e de comportamento. Todas estas modificações vão-se prolongar por um período mais longo, até se alcançar a idade adulta. A fase da vida entre a infância e a idade adulta chama-se adolescência. A puberdade marca o início da adolescência.

A fase da vida em que deixamos de ser crianças e, pouco a pouco, nos vamos transformando em adultos é fascinante! No entanto pode, por vezes, provocar sentimentos de dúvida, de ansiedade e insegurança. Mas afinal tudo isso é normal e faz parte do crescimento e do amadurecimento. Presta atenção ao seguinte vídeo:


çlkj

Prevenção das doenças do sistema urinário e da pele

O sistema urinário e a pele (glândulas sudoríparas) são fundamentais na eliminação dos produtos de excreção que se formam devido à atividade celular. É por isso muito importante evitarmos que certas doenças afetem o seu bom funcionamento.

Cuidados a ter relativamente à prevenção das doenças do sistema urinário:



Beber água em abundância (cerca de 1.5 a 2 litros diários) facilita o trabalho de filtração dos rins dado que os produtos de excreção ficam mais dissolvidos.
Por outro lado, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas produz um efeito destruidor em algumas das estruturas dos rins.








Evitar comer carne em excesso. Os nutrientes resultantes da digestão da carne quando são utilizados pelas células dão origem a determinados produtos de excreção em quantidade dificultando a tarefa dos rins. Se estas substâncias se acumularem no organismo dão origem a uma doença chamada gota.















A higiene dos órgãos genitais, assim como a mudança diária da roupa interior, são fundamentais. Evitamos assim infeções urinárias que, se não forem tratadas, podem afetar gravemente os rins.

















Prevenção das doenças da pele:









Evitar a exposição direta ao Sol entre as 11 e as 16 horas. O Sol provoca queimaduras na pele e é responsável pelo seu envelhecimento prematuro. Em certos casos podem surgir cancros de pele.


Usar regularmente protetor solar na praia. A escolha do protetor solar deve estar de acordo com o tipo de pele de cada um.

O chapéu e os óculos de sol são também aconselháveis!










lkjklj
.,m.m,






A higiene é fundamental porque remove os micróbios e as impurezas da pele.





lkjjkjk

Eliminação dos produtos da atividade celular

Do trabalho celular resultam resíduos, produtos de excreção, que têm que ser eliminados. Alguns destes resíduos são tóxicos, se não fossem eliminados envenenariam o nosso corpo!


O dióxido de carbono produzido durante a respiração celular é, como sabes, expulso para o exterior no ar expirado depois de ter ocorrido a hematose pulmonar.

O dióxido de carbono produzido  nas células durante a respiração celular é eliminado para o exterior quando expiramos.


Outras substâncias tóxicas produzidas pelas células são eliminadas através da urina e do suor.




Formação da urina:


A urina forma-se nos rins através de um processo de filtragem das substâncias nocivas transportadas pelo sangue. Esta é transportada por dois canais, os ureteres, até à bexiga onde fica temporariamente armazenada. A urina é posteriormente eliminada para o exterior através da uretra.





Formação do suor:

Representação esquemática da pele.
As glândulas sudoríparas existentes na pele também contribuem para a eliminação das substâncias tóxicas produzidas nas células através da produção de suor.




Relação entre a atividade física e o consumo de nutrientes

É essencialmente a partir da respiração celular que as células do nosso corpo obtêm a energia necessária para realizar as suas funções vitais. Mas...

... será que as necessidades energéticas são idênticas para todas as pessoas? A resposta é NÃO!

Elas são maiores por exemplo nos jovens, nos indivíduos do sexo masculino, ou naqueles que têm uma atividade física diária intensa.

As necessidades energéticas variam com o tipo de profissão (são maiores naquelas que exigem uma atividade física mais intensa).


As células do nosso organismo obtêm a energia - durante a respiração celular - a partir dos nutrientes energéticos. Daqui se conclui que a quantidade do consumo destes nutrientes deverá variar de indivíduo para indivíduo: ela deverá ser por exemplo maior naqueles que têm uma atividade física intensa.

O que será que acontece a um indivíduo que consome uma grande quantidade de nutrientes energéticos e tem uma vida sedentária? A resposta é simples: ficará obeso!

A vida sedentária associada a uma alimentação rica em alimentos energéticos provoca obesidade.





Por outro lado, uma alimentação pobre em nutrientes energéticos associada à atividade física provoca emagrecimento, fraqueza e diminuição da resistência do organismo às doenças.


A magreza excessiva é prejudicial.
Deverá, portanto, haver um equilíbrio entre a energia que gastamos na atividade diária e a energia que nos é fornecida pelos nutrientes que ingerimos. Como poderemos avaliar corretamente a situação? Através da relação entre o nosso peso e a altura.